A osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição da densidade mineral óssea. Esta é uma patologia intimamente ligada às chamadas fraturas de fragilidade, resultantes de pequenas quedas ou traumatismos que estão associados à dor crónica, perda de autonomia, depressão e a uma maior taxa de mortalidade.
Existem fatores de risco que são inevitáveis: a idade, a menopausa, a medicação contínua com corticoides ou ainda outras comorbilidades reumáticas como a artrite reumatoide e patologias endocrinológicas da tiroide e diabetes tipo 2. No entanto, existem fatores de risco que podem ser evitados. Vejamos como se processa a diminuição da massa óssea ao longo das várias fases da vida e como a adoção de hábitos saudáveis e a mudança de comportamentos podem ajudar a prevenir a osteoporose.
Os ossos são uma estrutura do corpo cujas células estão constantemente a formar-se e a serem reabsorvidas pelo organismo. O pico da massa óssea ocorre por volta dos 30 anos, estabilizando nos 10 anos seguintes. No entanto, a partir de determinada idade, esse equilíbrio quebra-se e dá-se uma perda residual da massa óssea. Essa perda é mais acentuada nas mulheres em consequência do decréscimo de estrogénio que se verifica após a menopausa. Aliás, o Estudo Epidemiológico das Doenças Reumáticas em Portugal refere que 17% das mulheres portuguesas tem osteoporose (enquanto que apenas 2,6% dos homens sofre desta condição), o que equivale a mais de 850 mil mulheres.
Não existem sinais ou sintomas que indiquem haver osteoporose. A grande maioria dos casos é diagnosticada aquando da ocorrência de uma fratura de fragilidade, cujas formas mais comuns são a fratura do colo do fémur, fratura vertebral ou do punho.
O diagnóstico é feito através da avaliação clínica, onde se podem identificar sinais como um historial familiar de osteoporose ou a ocorrência prévia de uma fratura de fragilidade. No entanto, o exame de referência para a osteoporose é a desintometria óssea, exame que mede a densidade mineral óssea (DMO). A osteoporose corresponde a um valor T-Score inferior a 2,5, ainda que valores de DMO acima desta referência pode já ser indicativo da doença. É fundamental avaliar os fatores de risco não modificáveis, mas também os que se podem modificar de modo a travar a progressão da doença e prevenir a instalação da osteoporose.
Apesar da osteoporose acontecer em idades mais avançadas, a prevenção da doença deve começar na infância. O objetivo é garantir à criança condições ótimas, através de hábitos saudáveis que contemplem uma alimentação equilibrada e exercício físico regular, de forma a permitir otimizar o pico de massa óssea ao longo dos anos e até à idade adulta.
Mais tarde, e à medida que nos aproximamos da idade em que o pico de massa óssea é atingido, devem adotar-se determinados comportamentos que, no futuro, podem ajudar a prevenir a osteoporose. Destaca-se que estas medidas são ainda mais importantes para as mulheres ou para quem tem um historial familiar de osteoporose.
Assim, entre as principais medidas preventivas destaca-se:
A osteoporose é uma doença cujas consequências são possíveis de prevenir, não só através de comportamentos saudáveis, mas também mediante uma consulta de Reumatologia. Assim, o rastreio da osteoporose está especialmente indicado para pessoas que:
Tenham tido uma fratura prévia, nomeadamente de baixo impacto do colo do fémur, vértebras ou punho/úmero
Se se inclui em algum destes casos, marque a sua Consulta de Reumatologia para ter acesso a um diagnóstico especializado que o poderão ajudar a viver melhor com a osteoporose.
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