Consulta da Patologia da Mama
A Consulta da Patologia da Mama está inserida na área da Senologia que trata as patologias da mama.
A mama, como parte integrante da saúde da mulher, deve ser vigiada periodicamente, seja através de consultas ou de exames, nomeadamente mamografias. A abordagem das doenças da mama é multidisciplinar, pois congrega a competência de várias especialidades.
Das diversas doenças da mama destaca-se, pela sua gravidade, o Cancro da Mama.
Cancro da Mama
O cancro da mama é a segunda maior causa de morte por cancro na mulher. Em Portugal são diagnosticados cerca de 4500 novos casos de cancro da mama por ano, dos quais cerca de 1500 acabam por provocar a morte da mulher.
Apesar do cancro da mama poder aparecer em qualquer idade da mulher, a sua incidência é realmente maior entre os 40 e os 60 anos.
Quem está em risco?
Apesar de ainda não ser conhecida uma causa específica para o cancro da mama, existem alguns fatores que determinam o grau de risco da mulher:
- Idade: a possibilidade de ter cancro da mama aumenta com a idade.
- História Pessoal de Cancro da Mama: mulheres que já tenham tido cancro da mama correm um maior risco de voltar a ter a doença.
- História Familiar: o facto de haver na família pessoas que já tenham tido cancro da mama, nomeadamente mãe, tia ou irmã, aumentam o risco de cancro na mulher.
- Alterações Genéticas: alterações em certos genes (BRCA1, BRCA2, entre outros) aumentam o risco de cancro da mama.
- História Menstrual Longa: o risco aumenta em mulheres que tenham a primeira menstruação em idade precoce (antes dos 12 anos), em mulheres que tenham uma menopausa tardia (após os 55 anos) e em mulheres que nunca tiveram filhos.
- Radioterapia no Peito: as mulheres que tenham feito radioterapia ao peito antes dos 30 anos, apresentam um risco mais elevado de terem cancro da mama.
Sinais e Sintomas do Cancro da Mama
Como não é possível prever o aparecimento do cancro da mama, é determinante um diagnóstico precoce, que pode ser conseguido se a mulher tiver atenção ao seu peito. Todos os meses, idealmente após a menstruação, a mulher deve observar as suas mamas e procurar quaisquer tipos de alterações.
Sintomas que podem alertar as mulheres:
- Qualquer alteração na mama ou no mamilo quer no aspeto quer na palpação
- Qualquer nódulo ou espessamento na mama
- Sensibilidade no mamilo
- Alteração do tamanho ou forma da mama
- Retração do mamilo (mamilo virado para dentro da mama)
- Pele da mama, aréola ou mamilo com aspeto escamoso, vermelho ou inchado, pode apresentar saliências ou reentrâncias, de modo a parecer “casca de laranja”
- Secreção ou perda de líquido pelo mamilo
Após esta observação a mulher deverá palpar as suas mamas. Poderá fazê-lo em pé, durante o banho, ou deitada. Em qualquer das circunstâncias a mama deverá ser palpada, pela mão contra-lateral, contra a parede torácica, procurando a existência de um eventual nódulo. Em caso de aparecimento de alguma alteração ou dor deverá procurar de imediato a ajuda de um senologista.
Deteção Precoce do Cancro da Mama
Embora a mulher deva fazer de forma periódica o auto-exame da mama, através da observação e da palpação da mama, a partir dos 40 é determinante que realize também a mamografia e a ecografia mamária, uma vez que estes exames permitem, em muitos casos, diagnosticar o cancro da mama antes ainda de ser palpada, ou seja, numa fase infra clínica.
Em situações normais a mamografia e a ecografia mamária devem ser feitas de 2 em 2 anos até aos 50 anos. A partir dos 50 a mulher deve fazer estes exames anualmente até aos 65 e depois novamente de 2 em 2 anos até ao final da vida.