Enxaqueca: o que é, principais sintomas e tratamento

A enxaqueca é uma doença crónica que se caracteriza por dores de cabeça fortes e recorrentes. É uma doença que não tem cura, mas que é possível controlar através de medicação adequada. Em alguns casos, pode mesmo tornar-se incapacitante, uma vez que pode limitar a normalidade do dia a dia da pessoa afetada.

Apesar de poder atingir homens, mulheres e até crianças, a enxaqueca atinge maioritariamente mulheres entre os 25 e os 45 anos.

Principais sintomas

Os principais sintomas relatados pelas pessoas que sofrem de enxaqueca são:

Dor de cabeça forte, unilateral e pulsátil
Náuseas
Vómitos
Intolerância ao ruído, à luz e ao movimento

Como se manifesta?

A enxaqueca surge de forma recorrente e pode ser desencadeada por diversos fatores. No caso das mulheres, os episódios de enxaqueca surgem muitas vezes associados ao ciclo menstrual. A dor de cabeça pode tornar-se intensa, comprometendo o desempenho laboral ou escolar da pessoa afetada. A dor agrava-se com o esforço físico ou com movimentos da cabeça, podendo ser acompanhada por náuseas ou vómitos. Provoca também intolerância à luz, ao ruído e a alguns cheiros.

O que é uma Enxaqueca com aura?

A enxaqueca com aura é uma forma da doença que inclui sintomas neurológicos transitórios. As auras mais comuns são as visuais (sensação de visão turva ou desfocada), perceção de pontos luminosos, ou mesmo perdas de visão. Outras auras podem traduzir-se em formigueiros ou dormência de um lado da face ou nas mãos. Estas alterações normalmente ocorrem durante cerca de 5 a 60 minutos e, geralmente, antecedem a dor. Trata-se de uma manifestação menos comum da enxaqueca e afeta apenas 15% das pessoas que têm esta doença.

Causas

Embora não seja conhecida a causa exata da enxaqueca, sabe-se que existem fatores precipitantes ou provocadores de crises de dor de cabeça, nomeadamente alterações hormonais, alteração das rotinas de sono, ansiedade e o consumo de álcool ou de determinados alimentos.

Tratamento

Embora a enxaqueca não tenha cura, pode ser controlada através de medicamentos ou comportamentos que reduzem a frequência, duração e intensidade das crises.
Durante a crise aguda, o repouso num local sossegado e escuro pode ser solução. A adoção de rotinas de sono diárias, refeições regulares, boa hidratação e exercício físico pode ajudar a reduzir a frequência e intensidade das crises.
Existe medicação para as crises (tratamento agudo) e, em alguns casos mais incapacitantes, medicação para reduzir a frequência e duração das mesmas (tratamento preventivo).

Artigo revisto por

João Pedro Marto

Neurologista

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