A Tuberculose Pulmonar é uma doença infecciosa causada pela bactéria
Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões mas que pode atingir também qualquer outro órgão. A Tuberculose Pulmonar não é uma doença rara. Apesar de ter existido um decréscimo do número de casos nos últimos anos, Portugal mantém-se como um dos países europeus com maior incidência da doença, registando mais de 10 casos por 100 mil habitantes, sendo a região de Lisboa e Vale do Tejo e a região Norte as que registam maior número de casos.
Como se transmite e quais os sintomas?
A transmissão da Tuberculose Pulmonar ocorre pelo ar. Se uma pessoa, infetada e com a doença ativa, tosse, espirra ou fala, liberta pequenas gotículas que contém a bactéria. Estas gotículas podem ser inaladas por outras pessoas, transmitindo a doença.
Os sintomas podem ser variados, mas os mais comuns incluem:
- Tosse persistente (com ou sem expetoração) durante mais de 3 semanas, podendo, em alguns casos, ser acompanhada de sangue
- Febre e suores noturnos
- Perda de peso sem explicação aparente
- Falta de ar e cansaço
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da Tuberculose Pulmonar é feito através de análises à expetoração e de raio-x de tórax, podendo, em alguns casos, ser necessário realizar tomografia computorizada (TC/TAC) ou broncofibroscopia.
A Tuberculose Pulmonar tem cura?
Sim, a Tuberculose Pulmonar tem cura. O tratamento desta doença é feito através de esquemas de antibióticos, mais especificamente de anti-bacilares (com duração mínima de 6 meses) e deve ser feito e vigiado em centros especializados, designados de Centros de Diagnóstico Pneumológicos, disponíveis em todo o país.
Se não for diagnosticada e tratada atempadamente, a Tuberculose Pulmonar pode ter consequências graves para a saúde e, em alguns casos, ser mesmo fatal. O atraso no diagnóstico e no início de tratamento contribui para a transmissão da doença e constitui um problema de saúde pública. Para além disso, o abandono ou incumprimento do tratamento é perigoso para todos, pois pode levar ao desenvolvimento de bactérias resistentes aos antibióticos que, desta forma, se tornam mais difíceis de eliminar.