Osteodensitometria: o que é este exame e quem o deve fazer?

data de publicação13 Dezembro 2022 artigo revisto por
Nuno Manso  |  Radiologista

A Osteodensitometria, também denominada de Densitometria Óssea, é o principal exame para o diagnóstico da osteoporose. Fique a saber no que consiste e para quem está indicado.
 

Medir a densidade óssea

A maior parte das pessoas atinge o pico da densidade óssea por volta dos 30 anos. A partir desta idade há um declínio anual entre 0,3% e 1% nos homens e entre 1% a 2% nas mulheres.

A Osteodensitometria consegue medir a densidade dos ossos com recurso a uma pequena dosagem de Raio-X, muitas vezes um décimo da utilizada numa radiografia convencional. Os locais de medição de eleição são a coluna lombar e o colo do fémur (anca). Frequentemente, os clínicos podem solicitar adicionalmente a medição no punho, a qual pode também ser efetuada como alternativa aos locais de eleição, quando não seja possível obter valores credíveis nestas zonas, como é o caso dos doentes com próteses metálicas.

Os resultados da Osteodensitometria geram dois referenciais:

T-score: desvio-padrão em relação a um jovem adulto no pico da sua densidade óssea.

Os valores de T-score podem ser interpretados da seguinte forma:

a) ≥ -1: densidade óssea normal

b) Entre -1,1 e -2,4: osteopenia (baixa massa óssea)

c) ≤ -2,5: osteoporose (risco elevado de fratura)
d) ≤ -2,5 + fratura de fragilidade (osteoporose grave)

Z-score: valor do desvio-padrão tendo em conta a média expectável de densidade óssea dentro do género (masculino ou feminino) e idade do paciente

Os valores de Z-score são importantes quando contextualizados com o risco individual de cada pessoa.

 

A quem é recomendado este exame?

A diminuição da massa óssea é a principal causa para as fraturas osteoporóticas. As mais graves são as fraturas do colo do fémur, das vértebras e do punho, que estão associadas a um aumento significativo da morbilidade e mortalidade após o traumatismo.

Uma vez que a Osteodensitometria é um exame que mede a densidade óssea, é possível traçar um diagnóstico precoce de osteoporose, iniciando assim um tratamento que possa prevenir fraturas osteoporóticas. O critério para a prescrição de uma Osteodensitometria está ligado a uma população-alvo específica, sendo especialmente recomendada a:

  • Mulheres com mais de 65 anos e homens com idade superior a 70 anos sem fatores de risco
  • Mulheres com menos de 65 anos após a menopausa e homens com mais de 50 anos que tenham 1 fator de risco grave (major) ou 2 fatores moderados (minor). Verifique com o seu médico o seu risco individual de osteoporose.
  • Mulheres que não tenham tido a menopausa e homens com idade inferior aos 50 anos que tenham causas conhecidas de osteoporose secundária (patologias associadas a perda de massa óssea) ou fatores de risco graves (major).

No entanto, é extremamente amplo o leque de patologias às quais a Osteodensitometria pode ser recomendada. Além das pessoas com historial familiar de fraturas da anca, as mulheres que já tenham tido menopausa e que sejam mais altas e magras (mais de 176 cm e menos de 57 kg) estão em maior risco. O mesmo é aplicável a quem tenha doenças associadas à perda de massa óssea, como a artrite reumatoide ou outras patologias hepáticas, renais, diabetes tipo 1, hipertiroidismo, apenas para nomear alguns exemplos.

 

Com que periodicidade se deve fazer uma Osteodensitometria?

Para as pessoas a quem foi detetada osteopenia, a Osteodensitometria deve ser repetida 5 anos após o último exame.

No caso de pessoas a quem tenha sido diagnosticado osteoporose, a Osteodensitometria pode ser realizada para verificar a eficácia do tratamento instituído para a perda de massa óssea, devendo aguardar-se pelo menos 24 meses após o início da terapia para se realizar novo exame. Esta monitorização deve ser, no entanto, sempre enquadrada nos fatores de risco individuais de cada pessoa.

 

Osteodensitometria na Cintramédica

Este exame está disponível na Cintramédica Sintra. Este é um exame que não requer preparação prévia. No entanto, está contraindicado em mulheres grávidas ou a quem tenha sido submetido a um exame em que tenha sido utilizado contraste nos 15 dias anteriores.

No dia do exame ser-lhe-á entregue um questionário onde são registados alguns dados sobre a sua saúde, incluindo doenças associadas ou medicação que esteja a efetuar.

Se tiver já realizado uma Osteodensitometria poderá ser útil trazer os exames passados.  Clique em baixo para conhecer os 3 tipos de Osteodensitometria disponíveis na Cintramédica e marque já o seu exame.
 

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Nuno Manso

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