O que são Dislipidemias?

data de publicação18 Maio 2018

As dislipidemias são todas as anomalias quantitativas ou qualitativas dos lípidos (gorduras) no sangue. Os lípidos são uma componente importante do organismo pois permitem o normal funcionamento das células e são uma fonte de energia.

No sangue humano existem essencialmente dois tipos de lípidos: o colesterol e os triglicéridos. Habitualmente as dislipidemias podem manifestar-se através do aumento dos triglicéridos, do colesterol, da combinação de ambos ou ainda por uma redução dos níveis de HDL, o chamado "bom" colesterol. A existência deste tipo de anomalia afeta a qualidade global do sangue e contribui para o espessamento e rigidez das artérias.

Tratando-se de uma doença que não apresenta sintomas durante muitos anos, pode mais tarde evoluir para um enfarte de miocárdio ou para um acidente vascular cerebral.

A dislipidemia é um dos principais fatores de risco da aterosclerose, a principal causa de morte dos países desenvolvidos, incluindo Portugal. É por este motivo que qualquer tipo de dislipidemia representa um importante fator de risco cardiovascular, uma vez que a gordura acumulada nas paredes das artérias pode provocar a obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo que chega ao coração e ao cérebro.

Em Portugal, existem 559 novos casos por cada 100.000 habitantes. Incidência que aumenta com a idade até aos 54 anos nos homens e até aos 64 anos nas mulheres.

Principais causas

A dislipidemia pode ter origem genética ou adquirida. Entre os principais fatores que podem provocar a doença destacam-se o álcool, um estilo de vida sedentário, a idade ou o género, mas também o tabaco e a obesidade. Em alguns casos, também o uso de medicamentos como as pílulas contraceptivas, os estrogénios ou os corticosteroides podem aumentar o risco de dislipidemia. A Diabetes Tipo II é outro importante fator de risco desta doença.

 

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico da dislipidemia é feito através de análises ao sangue onde são doseados os níveis de colesterol, triglicéridos, lipoproteínas e outros marcadores, que depois de avaliados devem ser analisados pelo médico.

Normalmente o tratamento depende da idade e do estado global da saúde e da doença, mas essencialmente é feito através da mudança do estilo de vida. O controlo de peso através de uma dieta rica em fibras e pobre em gordura e a prática de exercício físico regular são essenciais no tratamento. Em muitos casos, o tratamento passa pelo uso regular de medicamentos.

Pelo forte índice de mortes associadas à evolução desta doença, é importante existir um controlo constante do estado de saúde, através de visitas regulares ao médico e da realização de exames de diagnóstico.