A aterosclerose é uma doença caracterizada pelo estreitamento das artérias, provocado pelo aparecimento de placas (depósitos de gordura) nas paredes internas dos vasos sanguíneos. Estas placas são habitualmente compostas por colesterol constituído por lipoproteínas de baixa densidade (LDL), células musculares lisas, tecido fibroso e, por vezes, cálcio, que dificultam a circulação e o fornecimento de sangue a órgãos vitais como o coração, o cérebro e os intestinos.
À medida que a placa cresce ao longo do revestimento da artéria, é produzida uma área rugosa que pode conduzir à formação de coágulos de sangue que podem bloquear completamente o fluxo de sangue. Consequentemente, o órgão abastecido por essa artéria fica sem receber nutrientes e oxigénio e as suas células podem morrer ou sofrer uma lesão grave.
Normalmente a aterosclerose não causa quaisquer sintomas até estreitar gravemente as artérias ou causar uma obstrução súbita. Quando isso acontece, os sintomas podem variar mediante o órgão envolvido, podendo provocar:
Caso se trate do coração, as manifestações incluem dor no peito e falta de ar, suores, náuseas ou tonturas. Quando afeta o cérebro, a aterosclerose pode provocar tonturas ou confusão, fraqueza ou parelisia num dos lados do corpo, entorpecimento súbito e intenso de qualquer parte do corpo, perturbações visuais (incluindo perda súbita da visão), dificuldade em andar (incluindo cambalear ou guinadas súbitas), problemas da coordenação dos braços e das mãos e fala arrastada ou incapacidade para falar.
Se os sintomas desaparecerem em menos de 24 horas, o episódio é denominado de acidente isquémico transitório (AIT). No entanto, quando a aterosclerose bloqueia completamente as artérias cerebrais e/ou as manifestações duram mais tempo, o episódio é geralmente denominado de acidente vascular cerebral (AVC). No que respeita ao estreitamento das artérias dos intestinos, a doença pode manifestar-se através de dor surda ou tipo cãibra no meio do abdómen. Em casos mais graves, onde acontece o bloqueio completo da artéria intestinal, a dor pode ser acompanhada de vómitos, diarreia ou aumento do volume abdominal.
Os principais factores que aumentam o risco de desenvolvimento de aterosclerose incluem:
Embora não exista cura para a aterosclerose, o tratamento pode ajudar a diminuir a velocidade de progressão da doença ou até mesmo interromper o seu agravamento. Em alguns casos o uso de medicamentos pode ser suficiente para ajudar a controlar a doença, no entanto em situações mais graves pode mesmo ser necessário recorrer à cirurgia.
A melhor prevenção que pode existir para o aparecimento da aterosclerose é diagnosticar e tratar todos os factores de risco. Existem também algumas medidas que podem ajudar a minimizar o risco de aparecimento da doença, através de alguns hábitos de vida saudáveis, como por exemplo:
A Trombose Venosa refere-se à formação e presença de um coágulo de sangue num vaso sanguíneo. Conheça os sintomas, fatores de risco e tratamentos disponíveis.