O nosso corpo perde água diariamente, seja através do suor, da urina, das fezes ou sob a forma de vapor quando respiramos. Juntamente com a água são também libertadas pequenas quantidades de sais minerais.
Quando o nosso corpo usa ou perde mais líquidos do que aqueles que ingere dá-se a desidratação. Quando isso acontece, o corpo fica frágil e com dificuldades em realizar as suas funções normais e os órgãos podem falhar. A desidratação severa pode levar à morte.
Existem muitas situações que podem levar a perdas de fluídos de forma rápida e contínua, provocando a desidratação:
A desidratação pode ser dividida em três graus diferentes de gravidade e cada um tem os seus próprios sintomas.
Na desidratação leve, caracterizada pela perda de 1 a 3% do peso, os sintomas podem ser:
Na desidratação moderada, os sintomas anteriores intensificam-se e podem surgir outros:
Por fim, na desidratação grave ou severa todos os sintomas anteriores pioram e surgem ainda outros, tais como:
Infelizmente, a sede nem sempre é um indicador fiável da desidratação, especialmente nas crianças e nos idosos. O melhor indicador é a cor da urina. Se apresentar uma cor clara é sinal de que o corpo está bem hidratado, se tiver uma cor amarela ou escura geralmente são sinais de desidratação.
O tratamento da desidratação leve e moderada deve ser feito através da ingestão de pequenas quantidades de água, de bebidas isotónicas ou de cubos de gelo. Caso a desidratação tenha origem no excesso de treino ou calor, deve remover todas as roupas em excesso, utilizar a sombra ou zonas com ar condicionado para se refrescar, utilizar um borrifador para pulverizar água morna em superfícies expostas da pele e evitar expor a pele ao frio excessivo.
Em situações mais graves, em que é necessário recorrer ao tratamento médico, começa-se por resfriar o corpo do paciente e por repor os líquidos através da via oral se não houver náusea ou vómitos. Caso contrário, a reposição dos líquidos deve ser feita por via intravenosa.
Apesar de qualquer pessoa poder sofrer de desidratação, existem grupos que têm maior probabilidade de contrair esta doença.
1. Crianças: são um dos maiores grupos de risco, uma vez que podem esquecer-se de hidratar e dependendo da idade, podem não ter a capacidade para o fazer de forma autónoma. Para além disso, a proporção de água no corpo de uma criança é maior do que num adulto, pelo que perdas menores podem ser mais significativas. São ainda muito propensas a diarreias e vómitos.
2. Idosos: esquecem-se muitas vezes de beber água e em muitos casos, devido a doenças incapacitantes, não o conseguem fazer sozinhos. Face à idade têm naturalmente uma perda maior de líquidos, pelo que necessitam de repor os líquidos com maior frequência.
3. Diabéticos: devido ao elevado nível de glucose no sangue, os rins tentam eliminar o excesso de açúcares através da urina, o que provoca uma maior perda de água.
4. Portadores de imunodeficiências: a causa mais comum da diarreia são infecções gastrointestinais e uma consequência grave disso é a desidratação através das fezes, uma vez que são compostas até 90% de água.
5. Atletas de resistência: corridas longas, escaladas, maratonas, triatlo e outras actividades de resistência representam um enorme esforço para o corpo, que acaba por gastar muita água. Durante as provas é importante que o atleta se mantenha hidratado para evitar a desidratação.
A insuficiência cardíaca é uma patologia caracterizada pela dificuldade que o coração tem em fazer chegar nutrientes e oxigénio ao resto do corpo.
Com a chegada do Outono e dos dias mais frios, é importante controlarmos a nossa alimentação de modo a não ganharmos quilos extra. Saiba como.