Sabia que muitas das pessoas que procuram uma Consulta do Viajante fazem-no porque manifestam problemas de saúde depois da viagem? Se tivessem lido este artigo talvez tivessem marcado uma Consulta do Viajante antes da partida, tomando medidas para prevenir doenças como a diarreia do viajante, patologia que chega a afetar metade dos casos de doença contraída em viagem.
Fique a conhecer no que consiste a Consulta do Viajante e porque a deve marcar se for para um destino longínquo, dentro ou fora da Europa.
O médico que vai encontrar na Consulta do Viajante da Cintramédica é um especialista em Medicina Tropical, com Competência em Medicina do Viajante, e que pode atuar como “guia de saúde em viagem”. Este profissional, altamente especializado, tem um conhecimento atualizado das condições epidemiológicas em diversas geografias no mundo, assim como das mais recentes práticas e recomendações da Organização Mundial da Saúde relativamente a esquemas vacinais ou estirpes de vírus e outras patologias.
Na Consulta do Viajante, o médico especialista pode informá-lo e recomendar-lhe determinadas medidas como:
A Consulta do Viajante é especialmente recomendada a grávidas, crianças, idosos ou a pessoas com doenças crónicas medicadas, uma vez que as patologias que poderá contrair em viagem podem ter consequências graves.
Muitas pessoas não se lembram de marcar uma Consulta do Viajante antes de partir em viagem. Algumas desconhecem mesmo a existência desta consulta e cerca de 10% das pessoas que a procuram fazem-no porque manifestaram problemas de saúde durante ou após a viagem anterior.
A patologia mais comum é a diarreia do viajante, doença que atinge cerca de 40% a 50% dos viajantes. Trata-se de um problema gastrointestinal que pode ocorrer durante a viagem ou até 10 dias após o regresso. Deve-se, em grande parte dos casos, devido a bactérias, vírus ou parasitas derivados da ingestão de águas não tratadas ou de intoxicações alimentares. Pode dar origem a infeções gastrointestinais, por vezes agudas, além de desidratação.
Muitos casos de patologias, como a diarreia do viajante, podiam ser evitadas se houvesse mais informação sobre hábitos e comportamentos recomendados em determinados destinos.
Nem todos os destinos têm condições de salubridade como as que está habituado em Portugal. Nesse sentido, e dependendo do destino para onde viajar, deverá ter especial atenção aos alimentos ingeridos e à sua confeção, assim como com a utilização da água, quer para beber quer para a higiene pessoal (lavagem dos dentes).
Numa Consulta do Viajante, o seu médico pode dar-lhe recomendações como:
Por um lado, é muito importante que tenha o seu Boletim de Vacinas em dia. Por outro, é recomendado que o viajante tenha atualizadas as seguintes vacinas: contra o tétano/difteria, hepatite B, sarampo, papeira e rubéola, gripe e COVID-19.
Dependendo do destino em causa, a vacinação contra determinadas doenças pode ser especialmente recomendada, uma vez que a situação epidemiológica na altura da viagem pode mudar.
Dependendo do destino e da duração da viagem, poderá ser recomendada a toma de vacinas como:
Mais uma vez, e dependendo do destino, poderá ser recomendado que faça uma medicação preventiva (profilática) contra a malária. Outra medida muito importante para a prevenção contra a malária e outras doenças transmitidas por mosquitos é a proteção contra picadas. Para se proteger de picadas de insetos deve utilizar medidas como:
No caso de viajar para países da União Europeia, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça, deve adquirir o Cartão Europeu de Seguro de Doença (CESD). Na prática é um cartão que lhe permite usufruir do sistema de saúde do país para onde viaja.
No entanto, lembre-se que os cuidados de saúde no estrangeiro podem não ser gratuitos, levando ao pagamento das taxas moderadoras em vigor, valores estes que não são reembolsáveis.
O CESD é individual e pode ser requerido em qualquer departamento da Segurança Social, ou ainda no site, caso possua um leitor de cartões de cidadão. Caso não seja portador do CESD, quando viajar vai receber sempre todo o tratamento necessário sem ter de voltar a Portugal.
Por outro lado, se já tiver adquirido o CESD, terá um contacto facilitado com as instituições de saúde do país de destino, além de que vai tornar possível o reembolso de todas as despesas (excepto taxas moderadoras ou comparticipação) pagas diretamente.
Se a marcação das férias ou de uma viagem de negócios é feita com antecedência, devemos também levar em consideração que, ao nos deslocarmos para um país longínquo, devemos acautelar a marcação de uma Consulta do Viajante idealmente entre 4 a 8 semanas antes da viagem. No entanto, se não o conseguir fazer, saiba que é sempre melhor ir à consulta do que não ir de todo. Boa viagem!