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O Cancro da Mama no Homem: Uma Realidade Menos Conhecida

data de publicação27 outubro 2025 Catarina Gama Pinto artigo revisto por
Dra. Catarina Gama Pinto  |  Especialista em Patologia da Mama
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Cancro da Mama no Homem
Embora, em Portugal, represente apenas cerca de 1% dos casos, a existência de Cancro da Mama no Homem exige atenção. 
No contexto português, muitas vezes a doença passa despercebida, pela falta de rastreio e de conhecimento generalizado sobre o assunto.
 

Fatores de Risco de Cancro da Mama no Homem

O Cancro da Mama no Homem pode ter vários fatores de risco, muitos dos quais são comuns aos observados nas mulheres, como por exemplo: 
  • antecedentes familiares de Cancro da Mama
  • questões hormonais
  • condições genéticas hereditárias
  • excesso de peso
  • consumo excessivo de álcool
  • tabagismo
No entanto, existem alguns fatores adicionais que devem ser tidos em conta, como a Síndrome de Klinefelter (uma alteração genética nos cromossomas) que afeta o desenvolvimento e a função do corpo masculino, aumentando o risco de desenvolvimento desta doença. 
Associados ao aparecimento de Cancro da Mama no Homem estão também fatores como doença hepática ou profissões que obriguem a períodos prolongados em ambientes quentes (siderurgia, por exemplo) ou de elevada exposição a químicos ou radiação. 
 

Sintomas de Cancro da Mama no Homem

Também os sintomas do Cancro da Mama no Homem são em tudo semelhantes aos sentidos pelas mulheres:
  • alteração na mama ou no mamilo, tanto no aspeto como na palpação
  • qualquer nódulo ou espessamento na mama, perto da mama ou na zona da axila
  • sensibilidade no mamilo
  • alteração do tamanho ou forma da mama
  • retração do mamilo (mamilo virado para dentro da mama)
  • pele da mama, aréola ou mamilo com aspeto escamoso, vermelho ou inchado
  • perda de líquido pelo mamilo
Em caso de suspeita ou da observação de qualquer alteração, é fundamental procurar a orientação de um médico assistente.
 

A Importância do diagnóstico precoce

O Cancro da Mama no Homem é frequentemente diagnosticado em idades mais avançadas (a partir dos 60 anos) e em fases mais avançadas, sobretudo devido à falta de indicação para rastreio de rotina, em oposição ao que acontece com as mulheres. 
É sobretudo importante que haja uma maior sensibilização para os sinais e potenciais sintomas, para garantir uma deteção precoce da doença. 
É igualmente importante que homens com antecedentes familiares de Cancro da Mama consultem o seu médico, mesmo que não apresentem sintomas. 

Artigo revisto por

Catarina Gama Pinto

Especialista em Patologia da Mama (Cédula Profissional: OM 40186)

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