O herpes zóster, vulgarmente conhecido por Zona, é uma doença infeciosa que resulta da reativação do vírus da varicela, o vírus Varicella-zoster.
Após a infeção inicial, que corresponde à varicela, o vírus permanece alojado em células nervosas, na sua forma inativa.
Contudo, com o avançar da idade e/ou em situações específicas em que haja um enfraquecimento do sistema imunitário, o vírus pode reativar-se, levando ao surgimento dos sinais e sintomas da Zona.
A Zona caracteriza-se pelo aparecimento de uma erupção na pele, dolorosa e que tipicamente surge em apenas um dos lados do corpo.
Os sintomas geralmente começam com uma dor intensa e/ou alterações da sensibilidade local (como sensação de queimadura, formigueiro, dormência ou aumento da sensibilidade ao toque).
Cerca de 2 a 3 dias depois surgem, nessa mesma área, pequenas bolhas com conteúdo líquido (vesículas), que evoluem para crostas e que acabam por desaparecer ao fim de 7-10 dias.
Caracteristicamente, as lesões cutâneas aparecem sobre uma faixa vermelha, apenas num dos lados do corpo (mais frequentemente no tronco). A área de pele afetada corresponde à Zona de enervação da pele relativa aos nervos onde o vírus se encontra alojado.
Nalguns casos, mesmo após o desaparecimento das lesões cutâneas, a dor e as alterações da sensibilidade local podem persistir durante muito tempo, o que pode comprometer a qualidade de vida dos doentes afetados. Esta situação denomina-se por nevralgia pós-herpética e é a complicação mais frequente.
Outras complicações mais raras incluem cegueira, surdez, paralisia facial ou meningoencefalite, dependendo dos locais afetados pela doença.
A transmissão do vírus pode ocorrer através do contacto direto com as lesões cutâneas ou com objetos contaminados.
O período de contágio decorre até as lesões do indivíduo infetado estarem todas em fase de crosta.
Contudo, apenas os indivíduos que nunca tenham sido infetados pelo vírus Varicella-zoster estão em risco de contágio. Nesses casos, a pessoa contagiada irá manifestar varicela (e não Zona). Por outro lado, em pessoas com história prévia de varicela ou de Zona, o contacto com o vírus não leva ao aparecimento da doença.
Quanto aos grupos de risco, o vírus Varicella-zoster tem mais tendência a reativar-se e provocar Zona em pessoas com idade superior a 50 anos ou com o sistema imunitário enfraquecido (imunodeprimidas).
Na maioria dos casos, o diagnóstico é clínico, baseando-se na história clínica e nas características das lesões.
Em caso de dúvida, podem ser utilizados métodos laboratoriais para confirmar o diagnóstico. Estes métodos incluem a identificação do vírus nas lesões cutâneas através de técnicas de biologia molecular.
O tratamento consiste na administração de antivirais sistémicos (geralmente em comprimidos). Idealmente, o tratamento deve ser iniciado nas primeiras 72h desde o início dos sintomas.
Recomenda-se que os indivíduos que nunca tenham sido infetados pelo vírus Varicella-zoster evitem o contacto direto com as lesões cutâneas ou com objetos contaminados, recomendação especialmente importante para grávidas e doentes imunocomprometidos.
Existem ainda disponíveis vacinas contra a Zona. Essas vacinas são recomendadas para pessoas com idade superior a 50 anos. A vacinação pode ser igualmente útil em pessoas imunodeprimidas, devendo esta situação ser avaliada, caso a caso, conjuntamente com o médico assistente.
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