As pálpebras desempenham um papel muito importante na proteção do olho, funcionando como barreira mecânica em relação às agressões do exterior e são responsáveis pela secreção lacrimal, com funções essenciais na lubrificação, desinfeção e proteção dos olhos.
Um terçolho, terçol, ou hordéolo, corresponde a um abcesso palpável, doloroso, avermelhado, que ocorre de forma aguda numa das pálpebras na sequência da infeção de uma ou mais glândulas que se encontram no bordo da pálpebra ou na sua espessura.
Consoante a sua localização e as glândulas envolvidas, os terçolhos podem ser classificados como externos (mais comuns) ou internos.
O microrganismo mais frequentemente envolvido é uma bactéria do género Staphylococcus.
Os terçolhos são bastante comuns na população em geral, sobretudo em pacientes com inflamação crónica das pálpebras (blefarite crónica).
Uma má higiene dos olhos e pálpebras, associada a uma deficiente lavagem das mãos permite a transferência de bactérias para as pálpebras.
A blefarite crónica é um importante fator de risco, bem como a dermatite seborreica e a rosácea.
Outros fatores de risco são uma má higienização durante o uso de lentes de contacto, a não remoção de maquilhagem ao deitar e o uso de cosméticos antigos ou fora do prazo de validade.
O diagnóstico do terçolho é clínico, ou seja, é realizado pelo médico oftalmologista durante a consulta.
Recomenda-se a aplicação de compressas mornas durante 4 a 5 minutos, duas a quatro vezes por dia, de modo a facilitar a drenagem através do orifício da glândula.
Em alguns casos, poderá ser necessário recorrer a uma pomada com antibiótico e anti-inflamatório.
Nos casos mais resistentes, poderá ser indispensável realizar uma pequena incisão cirúrgica para drenagem do terçolho.
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