Para esclarecer os seus pacientes, o Dr. Martin Lorenzetti aceitou o desafio de responder às questões mais comuns que os utentes fazem durante a sua consulta.
O disco intervertebral é um amortecedor presente entre as vértebras, que absorve os impactos que a coluna vertebral sofre diariamente. É composto por um invólucro de fibras elásticas e por uma parte central mole e gelatinosa. A hérnia de disco é a saída de parte do conteúdo gelatinoso para fora do disco e para o canal vertebral onde passam a medula ou as raízes nervosas. Esta situação resulta do desgaste do disco que provoca a laceração do invólucro e a saída do conteúdo, que é assim "espremido" para o canal. É mais comum na lombar e na cervical por serem áreas mais expostas ao movimento e a carga.
Calcula-se que cerca de 40% de todos os adultos têm pequenas hérnias de disco que não provocam qualquer dor e que não necessitam de qualquer tratamento. No entanto, as hérnias que provocam dor precisam de repouso e/ou tratamento médico, tendo um taxa de recuperação completa superior a 75% dos casos.
A cirurgia é indicada nos casos raros em que a hérnia discal causa perturbações do controlo urinário e intestinal, da força e/ou da sensibilidade na perna e/ou na região genital. Pode também ser uma opção nos casos que não respondem ao tratamento médico (repouso, medicamentos e fisioterapia), tendo uma taxa de êxito superior a 90% no alívio da dor.
A caminhada é uma atividade que não tem restrições de idade, habilidade, custos ou tempo. Apenas 30 minutos de caminhada, três vezes por semana, podem trazer benefícios para a coluna, para a circulação sanguínea e combater a osteoporose. Contudo, quando praticada de forma incorreta, pode contribuir para o agravamento da dor nas costas.
É um exame que avalia a transmissão dos impulsos nervosos entre o nervo e os músculos. Pode ser muito útil para identificar a causa de sintomas comuns a vários problemas, orientando assim o paciente para o tratamento mais adequado.
Na maioria dos casos o doente tem alta no dia seguinte à cirurgia. Pode começar a sair de casa para pequenos passeios e retomar a atividade sexual cerca de três semanas após a cirurgia. Normalmente aconselho os meus doentes a não estarem numa posição sentada durante longos períodos e a não conduzirem durante pelo menos três semanas. Dependendo do tipo de trabalho, o retorno à atividade profissional ocorre geralmente um mês após a cirurgia.