A asma é uma das doenças crónicas mais comuns e a mais comum em idade pediátrica. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, citada pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia, em Portugal há 600 mil pessoas com asma, das quais 66 mil são crianças entre os 6 e os 7 anos e 72 mil adolescentes entre os 13 e os 14 anos.
Se respondeu sim a algumas destas questões, muito provavelmente tem asma e deve procurar a ajuda do seu médico.
A Asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas, provocando um estreitamento dos brônquios que dificulta a passagem do ar e pode ocorrer em várias circunstâncias.
Os principais sintomas são a dificuldade em respirar, pieira, sensação de opressão torácica, tosse e cansaço. A intensidade dos sintomas é muito variável de doente para doente e também a intensidade das crises pode ser muito diferente de dia para dia.
A exposição a determinados fatores pode provocar o agravamento destes sintomas. Infeções respiratórias, alergénios de ácaros ou animais de estimação, pólens, prática de exercício, fumo de tabaco, mudança de temperatura ou cheiros intensos, são alguns dos fatores que podem provocar uma crise no doente asmático.
O diagnóstico da asma é fundamentalmente clínico, valorizando-se os sintomas e os sinais, e tendo sempre em atenção o calendário e a sazonalidade, os fatores que desencadeiam os sintomas e os que os aliviam. Apesar do diagnóstico clínico, existem alguns exames complementares de diagnóstico que podem ser necessários.
Os estudos funcionais respiratórios encontram-se na linha da frente para o diagnóstico, sendo que a espirometria é o método de eleição para medir a limitação do fluxo aéreo e sua reversibilidade, a fim de estabelecer um diagnóstico de asma.
Assim, sempre que diagnosticado um doente asmático, o mesmo deve adotar um conjunto de medidas terapêuticas que lhe permita controlar os sintomas da doença e assim obter uma melhor qualidade de vida.
Todos estes aspetos do programa de tratamento, que podem incluir a Cinesioterapia Respiratória, variam consoante o doente e assentam numa adequada relação entre o doente, família e médico.
A adoção adequada destas medidas são fundamentais para o sucesso do tratamento, proporcionando ao asmático uma melhoria da qualidade de vida.