A Fibrilhação Auricular é a arritmia cardíaca mais comum na população portuguesa, afetando especialmente pessoas com mais de 65 anos.
Caracteriza-se pela irregularidade do ritmo cardíaco, com batimentos rápidos e desorganizados, mesmo em repouso. Durante a Fibrilhação Auricular, as aurículas trabalham de forma descoordenada, o que dificulta o fluxo normal do sangue dentro do coração e aumenta o risco de formação de coágulos. A Fibrilhação Auricular é uma das principais causas de AVC (Acidente Vascular Cerebral) e de outras embolias.
A Fibrilhação Auricular está frequentemente associada a doenças do coração e a fatores de risco como:
Em alguns casos, a Fibrilhação Auricular pode ter origem genética (causa primária) na qual há alteração das células responsáveis pela condução elétrica do coração, mas na maioria das vezes resulta de outras doenças (causa secundária) como enfarte do miocárdio, dilatação das cavidades cardíacas, doença valvular, doenças da tiróide, alcoolismo, uso indevido de drogas/medicamentos, etc.
Nem todas as pessoas com fibrilhação auricular apresentam sintomas. Quando estes existem, os mais comuns são:
Devido ao facto de os sintomas serem comuns a outras condições, o diagnóstico de Fibrilhação Auricular pode ser desafiante.
Se apresenta alguns dos sintomas descritos, deverá dirigir-se ao seu médico ser avaliado e confirmar a necessidade de realizar exames complementares de diagnóstico, nomeadamente Holter, ECG (Eletrocardiograma) e Ecocardiograma.
O tratamento da Fibrilhação Auricular depende do tipo e da gravidade da arritmia, da presença de sintomas e de outras doenças associadas. Em geral, os tratamentos dividem-se em:
Não sendo, por si só, uma condição fatal, a Fibrilhação Auricular pode acarretar complicações graves, se não tiver um tratamento adequado. O diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são fundamentais.
Embora nem sempre seja possível evitar a Fibrilhação Auricular, há medidas que ajudam a precaver o aparecimento de arritmias. A prevenção passa por seguir uma dieta equilibrada, praticar exercício físico com regularidade, evitar fumar e o consumo excessivo de álcool, controlando fatores como hipertensão, diabetes, apneia do sono ou colesterol elevado.
No caso de já existir uma doença cardíaca, é essencial seguir o tratamento indicado pelo seu médico e realizar os exames de rotina.