Doença mão-pé-boca

data de publicação18 Setembro 2019

A Doença mão-pé-boca (DMPB) é uma doença infeciosa benigna, que surge na maior parte dos casos em crianças até dos 5 anos, pode também afetar adolescentes e ocasionalmente adultos.

Esta doença é causada por um vírus denominado “enterovírus” e manifesta-se com lesões dolorosas em várias zonas do corpo, nomeadamente na boca, mãos, pés, nádegas e, por vezes, nos genitais e joelhos.

O período de incubação é normalmente de 3 a 5 dias e a infeção desaparece, usualmente, em 2-3 dias, sem complicações. 

Quais as manifestações clínicas?

Num primeiro momento, a doença é muito parecida com qualquer virose comum, sendo impossível o seu diagnóstico clínico nessa fase. Surge com uma dor de garganta, febre durante 1-2 dias, mal-estar geral e perda de apetite.

Mais tarde, aparecem pontos avermelhados, que se transformam em pequenas bolhas e posteriormente em úlceras dolorosas, semelhantes às aftas comuns, na língua e parte interna dos lábios e bochechas.

Um ou dois dias após o surgimento das lesões da boca formam-se também pequenas vesículas (bolhas) nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Estas, ao rebentar, libertam um líquido que por sua vez é contagioso.

Estas lesões são comuns na cavidade oral e podem dificultar a alimentação. Não se devem rebentar estas vesículas, que acabam por desaparecer espontaneamente em 7-10 dias.

Como se transmite?

O vírus que causa a doença pode ser transmitido através das seguintes situações:

  • Beijar alguém infetado.

  • Ter contacto com secreções respiratórias, geralmente através da tosse ou espirro.

  • Beber água contaminada.

  • Apertar a mão de alguém contaminado.

  • Ingerir alimentos preparados por alguém infetado, que não tenha feito a higienização adequada das mãos.

  • Contacto com brinquedos ou objetos que possam ter sido contaminados por mãos sujas.

  • Contacto com roupas contaminadas.

  • Trocar fraldas de crianças contaminadas.

A transmissão da infeção é mais frequente durante a primeira semana de doença, no entanto o vírus pode ainda persistir durante algum tempo após os sintomas desapareceram, sobretudo nas fezes.
Os surtos são mais frequentes na Primavera e no Outono.

Tratamento

A maioria dos casos da Doença mão-pé-boca é resolvida de forma autolimitada, ou seja é uma doença que decorre de modo específico e limitado, necessitando apenas de tratamento dos sintomas.
Deve-se:

  • Reforçar a hidratação oral e da pele;
  • Administrar a terapêutica prescrita pelo médico se existir febre, dores ou prurido intenso;
  • Na presença de lesões da cavidade oral, oferecer alimentos pastosos, mornos/frios e não ácidos (por exemplo iogurtes, gelatina).
Prevenção
A forma mais eficaz de prevenir a transmissão da infeção é através da lavagem frequente das mãos com água e sabão.

É igualmente importante manter a casa limpa e desinfetar os tampos de mesa, brinquedos e outros objetos com que a criança tenha contacto.