A insuficiência renal é a incapacidade dos rins filtrarem o sangue, de forma a conseguirem eliminar certos resíduos produzidos pelo organismo. A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando existe perda rápida da função renal, ou crónica (IRC), quando a perda acontece de forma lenta, progressiva e se torna irreversível.
Quando os rins funcionam a 10 ou 15% da sua capacidade global, deixam de poder realizar funções determinantes para o organismo e essenciais à vida, nomeadamente a eliminação das toxinas e da água através da filtração do sangue, produção de hormonas e glóbulos vermelhos.
Estima-se que em cada 10 adultos pelo menos 1 sofre de doença renal crónica. Em Portugal existem cerca de 14000 doentes com a forma mais grave de doença renal crónica, necessitando de diálise ou transplantes de rim.
A doença renal crónica não apresenta sintomas iniciais e evolui até fases mais avançadas sem o doente ter conhecimento. Apesar disso, existem alguns sinais que ajudam a prevenir este tipo de doença:
Como não existem sintomas até fases avançadas da doença, a insuficiência renal crónica só pode ser diagnosticada de forma precoce através da realização de análises clínicas. A creatinina e a ureia são os melhores marcadores da função renal e quando os rins começam a perder a sua função os seus valores aumentam. As análises à urina podem também ser muito úteis no diagnóstico desta doença, uma vez que é comum o doente apresentar perdas de sangue na urina.
Nas situações menos graves, o doente deve reduzir o consumo de sal, baixar a pressão arterial elevada, manter o açúcar no sangue controlado se for diabético e evitar os medicamentos para as dores. No caso dos doentes mais graves, o tratamento pode ser efetuado através da diálise peritoneal, hemodiálise ou transplante renal.
A diálise peritoneal é uma técnica em que o sangue é purificado no interior do corpo, através da utilização de um cateter colocado no peritoneu (membrana peritoneal). A diálise divide-se em dois tipos:
A hemodiálise é o processo pelo qual o sangue é purificado através de uma máquina externa ao corpo. Neste tratamento, o sangue circula através de tubos até à máquina onde decorre a filtração. O doente deve fazer hemodiálise 3 vezes por semana e cada sessão tem a duração de 4 horas.
O transplante renal consiste na implantação de um rim saudável numa pessoa cujos rins deixaram de funcionar. Após o transplante o doente tem de, obrigatoriamente deslocar-se ao Hospital de forma periódica para ser vigiado pelo seu médico. Deve ainda ter um controle rigoroso da tensão arterial e evitar o excesso de peso.
Existem hábitos de vida saudável que permitem prevenir este tipo de doença:
A Cintramédica atualizou a tabela de preços de testes COVID-19. Fique a conhecer todas as novidades.