As alergias respiratórias sazonais são o tipo mais comum de alergia. São desencadeadas por uma reação exagerada do sistema imunitário à presença de alergénios. A Dra. Anna Sokolova, Imunoalergologista na Cintramédica, ajuda-nos a perceber quais são as alergias respiratórias sazonais que mais afetam a população, porque são mais prevalentes na Primavera, quais os alergénios que as desencadeiam, como são diagnosticadas e dicas para quem é alérgico se possa proteger.
A alergia respiratória sazonal engloba a rinite alérgica e a asma brônquica, que são as patologias mais frequentes da Consulta de Imunoalergologia. Os sintomas típicos incluem: comichão no nariz, espirros, rinorreia (pingo no nariz), sensação de nariz entupido e, em casos mais graves, sensação de peso no peito, dificuldade respiratória e tosse prolongada.
Os sintomas ocorrem na Primavera devido ao aumento da concentração do principal alergénio, ou seja, o pólen no ar. A concentração do pólen está relacionada com o tempo, sendo maior nos anos mais quentes e ventosos.
Este tipo de alergia afeta tanto crianças como doentes adultos, sem nenhuma predominância de idades ou género.
De acordo com alguns estudos há evidências que as alterações climáticas e o estilo de vida moderno levaram ao aumento da patologia alérgica em geral e da patologia alérgica respiratória.
Os alergénios respiratórios mais comuns são os ácaros de pó doméstico, os pólens de gramíneas (relva), oliveira e parietária (urtigas), os fungos de humidade, nomeadamente alternária (fungo) e os epitélios (pelos) dos animais.
O diagnóstico de alergia respiratória é feito com base na história clínica, analisando-se as queixas apresentadas pelo doente, realizando-se, eventualmente, testes cutâneos para determinação da sensibilização alergénica, análises ao sangue e Prova de Função Respiratória. Recentemente surgiram também novas técnicas de diagnóstico, entre as quais destaco a rinomanometria, um exame que permite avaliar a gravidade de obstrução nasal, além de testes de olfato. Estas técnicas são realizadas em colaboração com Especialistas em Otorrinolaringologia.
A área da Sintra é muito rica em jardins, parques e áreas verdes. Além disso tem um clima particular - um pouco mais húmido do que outras zonas de Distrito de Lisboa. Estas particularidades causam maior concentração de pólen de gramíneas, parietária e alternária no ar.
É difícil prevenir a alergia tendo em conta a presença constante dos alergénios no ar. No entanto, existem medidas que permitem diminuir a concentração dos fungos e dos ácaros no ar da casa. Dou como exemplo a diminuição da humidade no interior das habitações com aparelhos especiais, como o desumidificador. Por outro lado, as pessoas com alergia ao pólen devem evitar a permanência no exterior na época de maior concentração polínica no ar. Esta concentração pode ser consultada no site da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica.
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