A entorse no tornozelo é provavelmente a lesão mais comum entre os atletas, e é provocada por uma distensão violenta ou por um movimento rápido da articulação. É também bastante comum em atividades do dia a dia, como andar, correr ou saltar. Na maioria dos casos trata-se de uma lesão benigna que pode ser resolvida sem grandes danos para as articulações, embora possa gerar alguma dor e desconforto. Mesmo em situações mais graves, a lesão pode evoluir de forma favorável caso seja aplicada a terapêutica adequada.
Os ligamentos do tornozelo são estruturas elásticas que permitem manter a articulação na posição correta. São os principais responsáveis por proteger a articulação do tornozelo contra movimento anormais, garantindo a sua estabilidade. Em condições normais, os ligamentos estendem até ao seu limite, regressando depois à sua posição inicial. Quando o ligamento é forçado para lá da sua capacidade dá-se o entorse.
As entorses mais comuns são as do ligamento lateral externo ou ligamento da “parte de fora”, que ocorrem maioritariamente no entorse por inversão, ou seja, a planta do pé vira para dentro.
Os principais sintomas de alerta das entorses são:
Em lesões mais graves, pode ouvir e/ou sentir algo a rasgar juntamente com um estalido. Normalmente a zona lesionada é sensível ao toque e a dor aumenta com os movimentos de estiramento. Todos os sintomas têm tendência a aumentar de intensidade quanto mais grave for a entorse. As entorses com menor gravidade provocam habitualmente queixas durante 2 ou 3 dias, enquanto as entorses com maior gravidade podem provocar queixas durante cerca de duas semanas. É fundamental o repouso e o uso de canadianas para evitar a carga.
O tempo de recuperação também difere mediante a gravidade da entorse, podendo ir de semanas a meses.
Uma entorse pode variar de ligeira a grave, mediante o quão danificado está o ligamento e o número de ligamentos afectados.
Entorse de Grau 1 (ligeira)
Entorse de Grau 2 (Moderada)
Entorse de Grau 3 (Grave)
O diagnóstico do entorse é normalmente feito pelo médico ortopedista, através do historial clínico, do exame médico e do recurso a meios complementares de diagnóstico, nomeadamente raio-x ou ressonância magnética. Os exames permitem detectar a existência de fracturas no osso.
Entorses de Grau 1:
Entorses de Grau 2:
Deve seguir as mesmas indicações, embora prolongando-as por mais tempo pois o tempo de recuperação é maior. Durante este período vai sentir dificuldade em andar pelo que deve utilizar muletas. Em alguns casos é importante imobilizar o tornozelo com uma tala para o proteger de certos movimentos.
Entorses de Grau 3:
Neste tipo de lesões é necessário imobilizar o tornozelo com gesso, de forma a estabilizá-lo. Nestas situações, tal como nas anteriores, raramente é preciso recorrer ao tratamento cirúrgico.
A prevenção de entorses pode ser feita através de um conjunto de medidas, nomeadamente: